Como atividade final, foi nos proposto realizar a leitura do texto " Por uma política da diferença" e redigir sobre nossas visões.
Bom, multiculturalismo
é um tema essencial e infelizmente, pouco discutido e praticado na sociedade em
que vivemos. Na verdade, temos esse costume de esconder e camuflar tudo aquilo
que se encontra fora do “padrão”. Se passássemos a discutir o multiculturalismo
nas escolas, brevemente, teríamos que respeitar aquilo que nos é diferente. E
pelo visto, essa não é a proposta da sociedade padronizada e de seus
comandantes. Esses são pontos que justamente, a autora busca nos conscientizar.
Possuímos uma sociedade que tem uma demanda gigantesca de culturas, mas não
possuímos projetos, políticas, que estabeleçam um relacionamento para essas
culturas. Esse é o quadro do Brasil. O Brasil é considerado o País mais
diversificado do mundo. Aqui habitam diferentes religiões, crenças, cores,
tipos, estruturas, pensamentos, costumes e tudo aquilo que nos leva ao
verdadeiro conceito de cultura. Aqui, a diferença tem liberdade para entrar,
porém, não permanecer. Qualquer pessoa adepta ao candomblé, pode habitar e
construir uma vida no Brasil. Porém, nossos costumes padrões se originam do
catolicismo, o qual nega o candomblé. Logo, quem acredita no candomblé e vive
em seu eixo, é visto de uma forma diferente, tratado de uma forma diferente e
recebe uma limitação em suas oportunidades. Esse é o lamentável quadro de um adepto
do candomblé perante o século XXI no Brasil.
Inegavelmente,
o tema multiculturalismo, tem sido fraco na nossa sociedade. Lidar com as
diferenças, é um assunto esquecido até mesmo nas escolas, lugar onde esse
assunto deveria começar. A escola é um espaço sociocultural, ou seja, nela há o
grande encontro de diversas culturas. Porém, o nosso ensino focado na busca
pelo padrão, faz com que os alunos esqueçam seus valores e ideais “originais”,
que é o exemplo de um aluno que seja adepto à uma religião afro- descendente.
Ele não tem a oportunidade de aprender mais sobre a religião dele na escola. E
ainda, a escola não possui uma preparação sobre como se comportar diante da
diversidade. Apenas dizer que precisa respeitar, é muito vago porque ninguém se
lembra disso quando os questionamentos sobre o que é diferente começam a
surgir. Um exemplo: o homossexualismo. É um tema muito antigo e até hoje,
marcado por conquistas e lutas para “sobreviver”. Em pleno século XXI, se um
adolescente se declarar homossexual em sua sala de aula, ainda será um motivo
de muitos olhos arregalados. Não tanto quanto antes, mas ainda será um espanto.
Acompanhamos grandes mudanças no que diz respeito ao homossexualismo, porém
mesmo assim, ainda não vemos mudanças dentro da escola, da sociedade, do mundo
em geral. Não encontramos uma política ou um projeto para a conscientização ou
esclarecimento sobre esse tema. Apenas criamos seres que precisam rejeitar o
diferente, esse é o motivo pelo o qual a cartilha gay causou toda essa
movimentação na sociedade e ainda luta para ser aprovada.
Sendo assim, o texto
nos remete o tempo inteiro, sobre os padrões, sobre a falta de diálogo entre as
diferenças, sobre a falta de relacionamento entre as pessoas por conta da
diferença. é notório concluir que a diversidade é uma realidade que nunca irá
desaparecer. Onde estiver dois ou três, ali existirá diferença. Seja social,
econômica, cultural, no estereótipo e etc. Tendo em vista ao que nos foi
lançado, o Brasil é considerado o País mais diversificado do mundo, porém não
foi preparado para lidar com tais diferenças. A diversificação é algo natural e
é algo que deve ser prevalecido. No entanto, é um assunto que deve ser
trabalhado já que por muito tempo reinou o ideal do modelo monocultural. No
contexto escolar brasileiro, vemos uma reprodução de valores. A universalização
e a padronização são conceitos vivos e predominantes na educação. De acordo com
as leituras sobre multiculturalismo, concluo que o Brasil já caminhou demais,
mas ainda há muito que conquistar nesse espaço de múltiplas opções e escolhas.
Principalmente, no que diz repeito às escolas. Pois elas são como um berço que
vai formar pessoas do futuro. Que nas escolas ocorram construções e
desconstruções necessárias. Que nelas sejam feitas reflexões e apropriações de
conceitos corretos para que tenhamos um mundo com mais harmonia.