sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Considerações finais: POR UMA POLÍTICA DA DIFERENÇA - Elizabeth Macedo

Como atividade final, foi nos proposto realizar a leitura do texto " Por uma política da diferença" e redigir sobre nossas visões. 

Bom, multiculturalismo é um tema essencial e infelizmente, pouco discutido e praticado na sociedade em que vivemos. Na verdade, temos esse costume de esconder e camuflar tudo aquilo que se encontra fora do “padrão”. Se passássemos a discutir o multiculturalismo nas escolas, brevemente, teríamos que respeitar aquilo que nos é diferente. E pelo visto, essa não é a proposta da sociedade padronizada e de seus comandantes. Esses são pontos que justamente, a autora busca nos conscientizar. Possuímos uma sociedade que tem uma demanda gigantesca de culturas, mas não possuímos projetos, políticas, que estabeleçam um relacionamento para essas culturas. Esse é o quadro do Brasil. O Brasil é considerado o País mais diversificado do mundo. Aqui habitam diferentes religiões, crenças, cores, tipos, estruturas, pensamentos, costumes e tudo aquilo que nos leva ao verdadeiro conceito de cultura. Aqui, a diferença tem liberdade para entrar, porém, não permanecer. Qualquer pessoa adepta ao candomblé, pode habitar e construir uma vida no Brasil. Porém, nossos costumes padrões se originam do catolicismo, o qual nega o candomblé. Logo, quem acredita no candomblé e vive em seu eixo, é visto de uma forma diferente, tratado de uma forma diferente e recebe uma limitação em suas oportunidades. Esse é o lamentável quadro de um adepto do candomblé perante o século XXI no Brasil.
Inegavelmente, o tema multiculturalismo, tem sido fraco na nossa sociedade. Lidar com as diferenças, é um assunto esquecido até mesmo nas escolas, lugar onde esse assunto deveria começar. A escola é um espaço sociocultural, ou seja, nela há o grande encontro de diversas culturas. Porém, o nosso ensino focado na busca pelo padrão, faz com que os alunos esqueçam seus valores e ideais “originais”, que é o exemplo de um aluno que seja adepto à uma religião afro- descendente. Ele não tem a oportunidade de aprender mais sobre a religião dele na escola. E ainda, a escola não possui uma preparação sobre como se comportar diante da diversidade. Apenas dizer que precisa respeitar, é muito vago porque ninguém se lembra disso quando os questionamentos sobre o que é diferente começam a surgir. Um exemplo: o homossexualismo. É um tema muito antigo e até hoje, marcado por conquistas e lutas para “sobreviver”. Em pleno século XXI, se um adolescente se declarar homossexual em sua sala de aula, ainda será um motivo de muitos olhos arregalados. Não tanto quanto antes, mas ainda será um espanto. Acompanhamos grandes mudanças no que diz respeito ao homossexualismo, porém mesmo assim, ainda não vemos mudanças dentro da escola, da sociedade, do mundo em geral. Não encontramos uma política ou um projeto para a conscientização ou esclarecimento sobre esse tema. Apenas criamos seres que precisam rejeitar o diferente, esse é o motivo pelo o qual a cartilha gay causou toda essa movimentação na sociedade e ainda luta para ser aprovada.


Sendo assim, o texto nos remete o tempo inteiro, sobre os padrões, sobre a falta de diálogo entre as diferenças, sobre a falta de relacionamento entre as pessoas por conta da diferença. é notório concluir que a diversidade é uma realidade que nunca irá desaparecer. Onde estiver dois ou três, ali existirá diferença. Seja social, econômica, cultural, no estereótipo e etc. Tendo em vista ao que nos foi lançado, o Brasil é considerado o País mais diversificado do mundo, porém não foi preparado para lidar com tais diferenças. A diversificação é algo natural e é algo que deve ser prevalecido. No entanto, é um assunto que deve ser trabalhado já que por muito tempo reinou o ideal do modelo monocultural. No contexto escolar brasileiro, vemos uma reprodução de valores. A universalização e a padronização são conceitos vivos e predominantes na educação. De acordo com as leituras sobre multiculturalismo, concluo que o Brasil já caminhou demais, mas ainda há muito que conquistar nesse espaço de múltiplas opções e escolhas. Principalmente, no que diz repeito às escolas. Pois elas são como um berço que vai formar pessoas do futuro. Que nas escolas ocorram construções e desconstruções necessárias. Que nelas sejam feitas reflexões e apropriações de conceitos corretos para que tenhamos um mundo com mais harmonia. 

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Realizando uma entrevista com uma criança que reprovou alguma série.

De acordo com as atividades e conteúdos passados, o professor Ivan pediu que realizássemos uma entrevista com alguma criança que tivesse sido reprovada ao longo da sua jornada escolar. Realizei a entrevista com um aluno do 5º ano da Escola Municipal Pugilista Virgulino Isaias Oliveira (http://www.qedu.org.br/escola/168919/ideb)

 P: Quantas vezes você ficou reprovado?

 R: Uma vez. P: Como você se sentiu?

 R: Eu me senti burro e fiquei triste porque todos os meus outros colegas passaram.

 P: O que seus pais disseram sobre isso?

 R: Disseram que eu sou burro e nada entra na minha cabeça.

 P: Por que acha que ficou reprovado?

 R: Porque eu gostava de brincar na sala.

 P: Acha que ano que vem vai conseguir melhorar?

 R: Acho que sim. Eu prometi aos meus pais que ia brincar menos na escola.



 

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Aula 05 - Projeto Político Pedagógico - A identidade da Escola

Nesta aula, foi realizado um debate sobre o texto "Projeto Político- Pedagógico da Escola: Uma construção Coletiva", de Ilma Passos Alencastro Veiga. Sobre esse tema, e com ajuda dos conteúdos dos períodos passados, ficou mais do que claro que o Projeto Político Pedagógico é um ponto de grande importância dentro da escola. Consideramos o tal como um "norte" dentro da sala de aula, porém, nos esquecemos que para cada interesse, há um norte diferente. Ou seja, eu tanto posso usar o PPP como um auxílio eficaz na sala de aula, como também posso fazer dele, um objeto que me dá o poder de "definir" o que cada aluno será no futuro. Pois, o PPP seleciona o que eu aprendo e o que eu deixo de aprender, contribuindo assim, para com os interesses políticos e do mundo que olha para a escola como uma fábrica de mercadorias.